Sem limites? 'Alô, Juca' coloca cinegrafista armado em perseguição e revolta jornalistas

O programa Alô Juca, exibido pela TV Aratu (SBT), protagonizou um momento polêmico e considerado perigoso. Em meio à cobertura de uma tentativa de assalto em Salvador, o jornalístico mostrou ao vivo um cinegrafista armado perseguindo um suspeito, o que gerou revolta entre jornalistas e levantou questionamentos sobre os limites da busca por audiência.

Tudo começou quando uma mulher relatou ter sido alvo de uma tentativa de assalto na BR-324. Ao vivo, o repórter da atração já estava no local, quando o suspeito foi flagrado correndo do outro lado da via. Nesse momento, o apresentador Marcelo Castro acionou a equipe de motolink, onde estava o cinegrafista Gessé, para iniciar uma perseguição.

Durante a transmissão, Marcelo perguntou ao vivo se o profissional estava “maquinado”, uma gíria usada para indicar que a pessoa está armada. Em resposta irônica, o cinegrafista disse estar com “a Bíblia”. Em seguida, o apresentador confirmou de forma natural que Gessé realmente carregava uma arma. “Liberaram a arma pra Gessé”, disse ele, enquanto o diretor da atração ainda insinuou que o cinegrafista estaria disposto a “trocar” tiros, caso necessário.

O episódio repercutiu nas redes sociais e foi duramente criticado por profissionais da imprensa. Muitos jornalistas estão pedindo um posicionamento da TV Aratu e do SINJORBA (Sindicato dos Jornalistas da Bahia) diante do ocorrido. Para a categoria, a situação representa um grave desrespeito às normas da profissão e coloca em risco a segurança dos trabalhadores e do público.

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